quarta-feira, 3 de março de 2010

Slides Rodrigo Reis

História da Filosofia
• Grega
• Patrística
• Escolástica
• Renascença
• Moderna
• Iluminista
• Contemporânea

Origem da Filosofia
• Philo - amizade, amor fraterno
• Sophia - sabedoria
• Filosofia - amor e amizade pelo saber
• Pitágoras de Samos, séc. 5 a.C.: o filósofo não é movido pelo desejo de comerciar ou competir, mas pelo desejo de contemplar, observar, julgar, avaliar as coisas, as ações, a vida.

Definição de Filosofia
• 1. Visão de mundo
• 2. Sabedoria de vida
• 3. Esforço racional para conceber o universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido; não podem ser aceitas
• 4. Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas

Atividade Filosófica
• Análise (das condições da ciência, da religião, da arte, de moral)
• Reflexão (isto é, volta da consciência para si mesma para conhecer-se enquanto capacidade para o conhecimento, o sentimento e a ação)
• Crítica (das ilusões e dos preconceitos individuais e coletivos, das teorias e práticas científicas, políticas e artísticas)
• estando estas três atitudes, orientadas pela elaboração filosófica de significações gerais sobre a realidade e os seres humanos.

Atitude filosófica: indagar
• O que a coisa, o valor, a idéia, é. (busca qual a realidade e natureza)
• Como a coisa, a idéia, o valor, é. (busca a estrutura e as relações)
• Por que a coisa, a idéia, o valor, existe e é como é. (busca a origem e a causa)
• Resultante dessa atitude nasce a reflexão que se refere a nossa capacidade de conhecer, nossa capacidade de pensar

A reflexão filosófica
• O que é pensar, como é pensar, por que há o pensar?
• 1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? (motivos, razões e causas)
• 2. O que queremos pensar qdo. pensamos, dizemos e fazemos? (conteúdo e sentido)
• 3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos e fazemos? (intenção e finalidade)
• O que é pensar, falar e agir? Nossas crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro?

Legado da filosofia
• A idéia de que a Natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais.
• As leis universais podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento
• Nosso pensamento também opera obede-cendo a leis, regras e normas universais, daí podermos distinguir o falso do verdadeiro
• As práticas humanas dependem da vontade livre que foram estabelecidas pelos próprios seres humanos
• Distinguir o necessário do contingente

Nascimento da filosofia
• Nasce no final do séc. 7 e início do 6 aC., nas colônias gregas da Ásia Menor (Jônia), na cidade de Mileto. O primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
• O conteúdo inicial é cosmológico.
• A filosofia não é nem originária de influências e mudanças sobre conhecimentos orientais, e nem o “milagre grego”.
• Fatos exclusivamente gregos levaram ao surgimento da filosofia:
• em relação aos mitos
• em relação aos conhecimentos
• em relação à organização social e política
• em relação ao pensamento

Mito e Filosofia
• Mythos - mytheyo (contar, narrar) e mytheo (conversar, contar, anunciar, designar)
• É a narrativa da origem contado pelo poeta-rapsodo, um escolhido dotado de autoridade
• É verdade revelada e divina, incontestável e inquestionável

Como opera o mito
• 1. Encontra o pai e a mãe das coisas e dos seres - uma genealogia. Cosmogonia, nascimento do universo Teogonia, nascimento dos deuses
• 2. Encontra uma rivalidade ou uma aliança entre os deuses que faz surgir alguma coisa no mundo.
• 3. Encontra recompensas e castigos que os deuses dão a quem os desobedece ou obedece.

Ruptura com o mito
• Condições históricas para o surgimento da consciência racional (séc. 7 e 6 a.C.)
– viagens marítimas
– invenção do calendário
– invenção da moeda
– surgimento vida urbana (pólis)
– invenção da escrita alfabética
– invenção da política, 3 aspectos:
• idéia de lei, reguladoras de uma coletividade
• surgimento do espaço público e da cidadania
• educação política pública

Períodos da Filosofia Grega
• 1. Pré-socrático ou cosmológico
• final do séc. 7 - séc. 5 a.C.
• 2. Socrático ou antropológico
• final do séc. 5 e séc. 4 a.C.
• 3. Sistemático
• final do séc. 4 e séc. 3 a.C.
• 4. Helenístico ou grego-romano
• final do séc. 3 a.C. até séc. 6 d.C.

Período pré-socrático
• Considerado o período cosmológico. Os filósofos se preocupavam com explicações racionais e sistemáticas sobre a ordem, a origem e as transformações da Natureza e dos seres humanos.
• Escola Jônica: Tales, Heráclito
• Escola Itálica: Pitágoras
• Escola Eleata: Parmênides, Zenão
• Escola da Pluralidade: Demócrito

Período Socrático
• Considerado antropológico, tem como centro a cidade de Atenas e como questão a democracia e a formação do cidadão em oposição aos heróis.
• A virtude passa do bom e belo para a cívica, o bom orador. Surgem os sofistas: Protágoras, Górgias, Isócrates
• Mestres em oratória e retórica, criticavam os cosmologistas e ensinavam a arte de persuasão.

Sócrates
• Discorda dos antigos e dos sofistas
• Propunha: “conhece-te a ti mesmo” e “sei que nada sei”.
• A consciência da própria ignorância é o começa da filosofia.
• Sócrates buscava a essência para a coisa, a idéia e o valor, procurava o conceito e não a opinião.

Filosofia Socrática/Platão
• Volta-se para questões humanas: moral e política.
• Volta-se para a reflexão, em busca da essência e do conceito das coisas.
• Separa a opinião e as imagens das coisas, trazidas pelos sentidos, hábitos, tradições e interesses, e as idéias - essência íntima e verdadeira das coisas, alcançadas por um pensamento puro.

Período Sistemático
• Aristóteles de Estagira, discíp. de Platão
• Pretende fazer um enciclopédia do saber grego em todo ramo de pensamento e prática, classificando-os em mais simples e complexos
• Antes de um conhecimento constituir seu objeto e seus procedimentos deve conhecer as leis gerais que governam o pensamento. Cria a lógica, como um instrumento do conhecimento

Campos de conhecimento
• Ciências produtivas
– arquitetura, economia, medicina, artes, caça, guerra, navegações
• Ciências práticas
– ética, política
• Ciências teoréticas, contemplativas
– naturais mutáveis:física, biologia, psicologia
– naturais imutáveis: matemática, astronomia
– realidade pura: metafísica
– divina: teologia

Período Helenístico
• Grécia sob o domínio de Roma, os filósofos se dizem cidadãos do mundo. Daí período cosmopolita
• Quatro grandes sistemas totalizantes sobre a natureza, o homem e a divindade: estoicismo, epicurismo, ceticismo e neoplatonismo
• Predominam preocupações com a ética, a física, a teologia e a religião

Períodos da Filosofia
• Antiga - séc. 6 a.C. ao 6 d.C.
• Patrística - séc. 1 ao 7 d.C.
• Medieval - séc. 8 ao 14
• Renascença - séc. 14 ao 16
• Moderna - séc. 17 a meados do 18
• Iluminista - meados do séc. 18 ao 19
• Contemporânea - meados do séc. 19 em diante

Filosofia Patrística
• Inicia no séc. 1 com as Espístolas de Paulo e o evangelho de João, termina no séc. 7
• Resulta do esforço dos apóstolos intelectuais e os primeiros padres para conciliar a nova religião com o pensamento filosófico dos gregos e romanos. Liga-se à tarefa de evangelização e conversão de pagãos e a defesa contra os ataques teóricos dos antigos.
• Justino, Tertuliano, Atenágoras, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo Ambrósio, São Gregório, Santo Agostinho, Beda e Boécio
• Introduziu idéias: criação do mundo, pecado original, juízo final, ressurreição dos mortos, Deus como trindade, explicar como pode o mal no mundo.
• Agostinho e Boécio: “o homem interior”, isto é, consciência moral e livre-arbítrio
• Para impor as idéias cristãs, os padres as transformavam em verdades reveladas, os dogmas, inquestionáveis e irrefutáveis, daí a distinção entre verdade revelada ou da fé e racional ou adquirida. Três posições:
• 1. Fé e razão irreconciliáveis, fé superior
• 2. Conciliáveis, mas razão subordinada
• 3. Irreconciliáveis, cada uma delas tem seu campo próprio de conhecimento

Filosofia Medieval/Escolástica
• Séc. 8 ao séc. 14
• Europeus: Abelardo, Duns Soto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Guilherme de Ockham, Roger Bacon, São Boaventura
• Árabes: Avicena, Averróis, Alfarabi e Algazáli
• Judeus: Maimônedes, Nahmanides, Yeudah bem Levi
• Domínio da Igreja Romana: ungia e coroava reis, organizava cruzadas, criava universidades.
• Conserva as questões patrísticas e acrescenta: o Problema dos Universais.
• Surgia a filosofia cristã, a teologia
• Provas da existência de Deus e da alma, isto é, demonstrações racionais do infinito criador e do espírito humano imortal.
• Separação do finito e infinito, fé e razão, corpo e alma, o universo como hierar-quia de seres, subordinação dos reis
• A disputa: toda tese devia ser refutada ou defendida com argumentos tirados de Aristóteles, Platão, da Bíblia e Santo Agostinho.
• Deve a este fato o pensamento medieval estar subordinado ao princípio de autoridade

Filosofia da Renascença
• Séc. 14 ao séc. 16
• Marcada pela descoberta de obras de Platão, Aristóteles e recuperação de obras artísticas de gregos e romanos.
• Dante, Marcílio Ficino, Giordano Bruno, Campannella, Maquiavel, Montaigne, Erasmo, Tomás Morus, Jean Bodin, Kepler e Nicolau de Cusa
• 1. Neoplatonismo e livros de Hermetismo: Natureza como ser vivo, homem como microcosmo agindo através da magia, alquimia e astrologia, o mundo e constituído por ligações secretas (a simpatia)
• 2. Florentinos: vida ativa, política republicana contra papas e imperadores, “imitação dos antigos”, o renascimento da liberdade política
• 3. Antropocêntrica: o homem como artífice do próprio destino através dos conhecimentos e das práticas
• Descobertas marítimas permite o europeu ter uma visão crítica da sua própria sociedade.
• As críticas culminam na Reforma Protestante, baseada na idéia de liberdade de crença e de pensamento.
• A Contra-Reforma responde c/Inquizição

Filosofia Moderna
• Grande racionalismo clássico, séc. 17 ao 18, três mudanças intelectuais:
• 1. Surgimento do sujeito do conhecimento: é reflexiva, indaga qual capacidade do sujeito para conhecer
• 2. Objeto do conhecimento: como o intelecto pode conhecer o que é diferente dele? Desde que sejam consideradas representações, idéias e conceitos formuladas pelo sujeito
• Galileu: a realidade é concebida como um sistema racional de mecanismos físico-matemáticos, dando origem à física clássica, à mecânica, ou seja, relações necessárias de causa e efeito entre um agente e um paciente
• A realidade é um sistema de causalida-des rigorosas que podem ser conheci-das, transformadas e dominadas pelo homem pela experimentação e tecnologia
• Conquista científica e técnica de toda a realidade; a razão domina as paixões e emoções humanas; o racionalismo políticos quanto a regimes adequados a cada sociedade; confiança nas capacidades e nos poderes da razão
• Francis Bacon, Descartes, Galileu, Pascal, hobbes, Espinosa, Leibniz, Malebranche, Locke, Berkeley, Newton, Gassendi

Filosofia Iluminista
• Pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política
• a razão é capaz da evolução e progres-so, o homem como ser perfectível deve se libertar dos preconceitos religiosos, sociais e morais
• o progresso das civilizações, das mais atrasadas até as mais adiantadas
• diferença entre Natureza (reino das relações causais) e civilização (reino da liberdade)
• Interesse com ciências que têm a idéia de evolução: a biologia tem lugar central
• Reflexão controversa sobre a riqueza das nações: fisiocrata (agricultura como fonte) e mercantilista (comércio como fonte)
• Hume, Voltaire, D’Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling

Filosofia Contemporânea
• Meados do séc. 19 até os dias atuais
• Questões Contemporâneas:
• História e progresso
• As ciências e as técnicas
• Utopias revolucionárias
• Cultura
• Fim da Filosofia
• Maioridade da razão
• Infinito e finito

Campos Filosóficos
• Ontologia ou metafísica
• Lógica
• Epistemologia
• Teoria do Conhecimento
• Ética
• Filosofia Política
• Filosofia da História
• Filosofia da Arte - Estética
• Filosofia da Linguagem
• História da Filosofia

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